Este blog é um espaço para o empoderamento político voltado principalmente para o público feminino, o objetivo é que mais mulheres participem da política. Dou meu pitaco sobre o que está acontecendo no cenário político em geral. O objetivo deste espaço virtual é incentivar mais pessoas a participarem da política do Brasil.
quarta-feira, 23 de julho de 2014
30% só a cota, precisa ser feito + para empoderar.
Segundo os dados divulgados em
sua página “o
número de mulheres em disputa por algum cargo nas Eleições Gerais deste ano é
46,5% maior do que no último pleito, em 2010. Até as 14h desta terça-feira (22-07-2014),
os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostravam que no universo de
quase 25 mil candidatos em todo o Brasil, 7.407 são do sexo feminino,
representando 29,73% do total de concorrentes em 2014” ainda segundo a notícia
em 2010, eram 5.056 candidatas (22,43%)”.
Vamos analisar o
fato:
Em 2010 tivemos num
universo de 100% das candidaturas menos de 15% de mulheres eleitas para a
maioria dos cargos. Será que se este ano tivermos perto de 18% de mulheres
eleitas podemos ficar felizes?
Desculpem, mas, quero
mais. Não consigo ver avanço algum se no país o eleitorado feminino corresponde
a 52,13%,
apenas quase cumpriram a cota de 30% imposta por lei.
Também discordo em
relação a que isso significa um aumento das mulheres na política brasileira,
esse aumento só poderá ser considerado quando tivermos mulheres ocupando cargos
em partidos ou outras instâncias de política por indicação assim como
disputando eleições no mesmo pé de igualdade, com a mesma estrutura financeira,
partidária e de apoio dada aos homens.
A maior participação
política feminina começa com a construção de uma sociedade livre do machismo, onde
se entende que as mulheres tem
Manter uma
postura crítica em relação ao baixo incentivo para a participação política
feminina é a melhor estratégia até que, possamos ver a participação paritária
na hora de pedir votos e nos cargos realmente eleitos, senão, fica aquela velha
história onde a imagem da mulher é usada para angariar votos e serve de
escadinha aos homens candidatos melhor estruturados e apoiados.
Pelo que deu para
perceber, a mobilização, tanto do poder público, quanto dos movimentos e
ativistas sociais independentes, buscando empoderamento feminino, começa a
mexer com as estruturas partidárias, como certeza muita coisa pode mudar.
Não podemos continuar
às margens do sistema político brasileiro, somos poderosas devido ao nosso
número, mais de 50% do eleitorado brasileiro, se quisermos elegemos sozinhas um
president@, mas, precisamos nos conscientizar, é preciso sermos empoderadas
pelo votos de outras mulheres.
Sensibilizar, motivar
e apoiar mulheres para participarem da política de nosso país, não é apenas uma
necessidade para cumprir metas numéricas, é a reparação de um lapso histórico
em relação a uma maioria muito importante para este país.
Para ver a notícia no
site do TSE acesse: http://www.tse.jus.br/noticias-tse/2014/Julho/eleicoes-2014-aumenta-participacao-das-mulheres-na-politica-brasileira
segunda-feira, 21 de julho de 2014
Panfletinhos lindos em mãos!
Sabe aquele contentamento infantil, estou assim desde que
peguei os panfletos impressos na gráfica e agora vem à missão.
Primeiros panfletos impressos decentemente estão prontos,
agora hora de distribuir.
Desde o início tem sido gratificante conversar com outras
mulheres sobre o tema, algumas falam que vão votar em mulher sim, e que acham
isso importante para melhorar a política.
Outras a princípio não dão espaço para aprofundar muito o
tema, por acharem que a política está um nojo, neste momento, tem que ter força
na peruca e jogo de cintura para pedir que pelo menos pensem na proposta.
Este é um dos piores anos para se tocar no assunto política
a rejeição está imensa, então além de defender o voto em mulheres tem a
necessidade de defender o sistema político. Em anos anteriores a aversão não
era tanta, este jogo entre os partidos acaba afastando e minando ainda mais o
interesse da população pelo tema.
Devemos ter consciência de que isso é o que as forças políticas
adoram a alienação popular, neste jogo perverso, quanto mais damos as costas ao
cenário político mais perpetuamos as velhas práticas que prejudicam nosso país.
Corrupto e corrupção tem em qualquer partido, a ideologia partidária não quer
dizer garantia das ações individuais ou de grupos dentro destas instituições.
Esperar que algo mude sem nosso envolvimento direto ou
indireto é utopia.
Então, mãos a obra e sapatinho vermelho na rua, mudando
passo a passo e sempre.
domingo, 20 de julho de 2014
Entendeu a diferença?
Ao invés da humanidade buscar tantos argumentos e motivos para praticar violência e discriminação, deveria ver que na verdade somos feit@s da mesma matéria, temos os mesmos medos, dores e inquietação, no mesmo lugar nos peitos bate um coração.
terça-feira, 15 de julho de 2014
Breve histórico sobre o Voto feminino
As mulheres começaram a participar da política recentemente, talvez, este seja um dos motivos por termos tão pouca participação e representação.
O distanciamento dos assuntos políticos e da vida pública impostos pela sociedade a nós mulheres nos custa caro até hoje.
Não podemos esquecer, que em mais de um momento na história da humanidade, tivemos mulheres rainhas e imperatrizes que administraram países e reinos tão bem quanto os homens, deixando clara nossa capacidade de governar.
1870 - O estado americano de Wyoming é o primeiro nos
EUA a instituir o voto feminino.
1893 - Nova Zelândia é o primeiro país do mundo a provar o voto feminino.1918 - O voto feminino é instituído na Inglaterra.
1920 - O direito é estendido a todos os estados americanos.
1929 - O Equador é o primeiro país da América Latina a conceder o direito às mulheres.
1930 - O congresso brasileiro institui o voto feminino.
1932 - Getúlio Vargas ratifica a decisão através de decreto.
1933 - É eleita a primeira deputada federal do país, Carlota Pereira de Queiróz (SP), para a Assembléia Constituinte.
1934- As mulheres votam e são votadas pela primeira vez em todo o país. Constituição assegura o direito.
1946 - O voto feminino se torna obrigatório.
1947 - O Paraná elege sua primeira deputada estadual, Rosy de Macedo Pinheiro Lima (UDN).
1979 - Toma posse a primeira senadora do país, Eunice Michiles (PDS - AM).
1989 - Maria Pio Abreu (PN) se torna a primeira candidata à Presidência da República.
1995 - Roseana Sarney (PMDB - MA) é eleita a primeira governadora do País.
2002 - O Paraná elege suas primeiras deputadas federais, Dra. Clair e Selma Schons (PT).
2010 - O Paraná elege sua primeira senadora, Gleise Hoffmann (PT), e Dilma Rousseff é a primeira presidenta do Brasil.
domingo, 13 de julho de 2014
Mulher Vote em Mulher, um evento para ajudar a divulgar essa idéia
Com certeza você já deve ter escutado “ mulher não vota em mulher”.
Isso não é coisa do passado, continua existindo, se olharmos para o número do eleitorado no qual as mulheres são mais de 50% e no resultado das eleições, veremos que as mulheres não chegam nem aos 15% dos eleitos, esta é a realidade numérica de nossa mísera participação nos cargos de poder do país.Essa disparidade pode ser mudada com nosso voto, o futuro do país e de muitos estados está em nossas mãos, somos poderosas, mas precisamos ser empoderadas, isso começa também por nosso voto em uma mulher.
Este é um convite para o maior evento deste ano, no qual precisamos de que, pelo menos um dos candidatos que você vote seja uma mulher.
Simples assim.
Desta maneira, pelo menos, um dos cargos a serem eleitos devido a nossa união terá maior chance de ser ocupado por uma mulher. Independente de partido ou cargo, pesquise e analise com certeza haverá uma mulher candidata preparada para exercer o mandato.
O que muda? Muita coisa, se prestarmos atenção nas candidaturas iremos perceber como temos alternativas maravilhosas para votar, aos poucos iremos mudando em nós e na sociedade essa história de que “mulher não vota em mulher”.
E os homens, também são convidados a nos apoiarem neste evento, não queremos fazer a guerra dos sexos, queremos apenas, que essa grande desigualdade deixe de existir.
Juntas somos fortes, juntas podemos mudar o futuro deste país.
Não esqueça nosso compromisso é dia 05 OUTUBRO – DOMINGO
5.10.2014 - DIA DAS ELEIÇÕES - (Lei nº 9.504, art. 1º, caput)
ATENÇÃO! PRA QUEM QUISER ORGANIZAR UMA REUNIÃO, UM CHÁ OU CAFÉ COM AS AMIGAS PARA FALARMOS DE MULHERES NA POLÍTICA, É SÓ ENVIAR MENSAGEM INBOX, IREMOS COM MUITO PRAZER CONVERSAR E TIRAR DÚVIDAS.
DE MULHER PRA MULHER COMO NÓS GOSTAMOS DE CONVERSAR.
Já andamos muito, não podemos voltar atrás...
Durante boa parte da história do
Brasil, as mulheres
não tiveram cidadania plena, nem
direitos civis. Somente em 1932, no governo de
Getulio Vargas, é que as mulheres passaram a ter o direito de votar. Mas, somente
as mulheres casadas “com autorização do marido”, viúvas e solteiras com renda
própria é que podiam votar.
A emancipação feminina só
aconteceu em 1988, com a Constituição, que colocou no mesmo patamar homens e
mulheres, com os mesmos direitos e obrigações.
O
eleitorado feminino hoje no Brasil representa 52%. Na Câmara dos Deputados, em 184 anos de existência, nenhuma
mulher ocupou cargo titular na Mesa da Casa. Somos 45
em 513 deputados, que significa 8% de representação feminina. No Senado a
situação é um pouco melhor com 12 senadoras - 15%, ainda assim, o
percentual de mulheres na Câmara e Senado é um dos mais baixos da América
Latina e, também, do mundo.

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